quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Arte é pra se viver nela.




Venho ampliando formas de pensar meu trabalho como artista e, assim, reforçando relações entre vida e arte. O assunto já é batido e situado dentro de contextos vanguardistas da segunda metade do século XX, mas, ao mesmo tempo, continua fresco e aberto a experiências e propostas que teimam em insistir. Não poderia ser diferente, já que estamos imersos em múltiplas realidades plenas de imagens e, de alguma forma, tudo isso me remete a momentos distantes no tempo, onde o corpo repleto de simbologias secretas – imagens mentais e reais oscilando entre o dentro e o fora - dialogava de forma presencial com o mundo.





Junto à pesquisa que venho realizando, em que o corpo é acontecimento dado a ser visto, sentido, amado, vivido, venho percebendo encontros como ações ativadoras de espaços e energias – internas e externas. Estas ativações do vivo, plenas de desejo e vitalidade, reforçam minha convicção de que a arte é elemento favorável à troca jubilosa, ativa e criativa.







Arte é pra se viver nela!

Assim, heis que ontem estive num “clubinho”. Ou melhor, no clubinho. O clubinho é um nome qualquer - ou o nome próprio - de um grupo de artistas amigos. Não sei se sou do clubinho, mas, de qualquer forma, participei dele e nessa presença, vivi muito do que disse há pouco. Experiência imersiva de troca e afetividade, alegria e força inventiva. Tudo bem caótico, mas a própria manifestação da vida em sua força e abertura ao que está por vir.









Dessas experiências não se aprende nem se interpreta, vive-se! Mas e as imagens?
A imagem é um elemento, ela é recorte. Por isso o recorte materializa um objeto que pode vir a ser inserido no “universo” da arte. Pensando sobre isso, observo como cada escolha, cada opção, cada percurso e experiência vêm carregado de sua determinação. Essas determinações e escolhas originam lugares muitas vezes pré-fixados dentro do contexto da arte instituída, mas, também, permitem renovadas atitudes, contatos e contágios que, desdobrando-se no tempo/espaço, unificam ações em rede. Na complexidade desses fluxos de vida, momentos são transbordamentos que, se espalhando pelos campos altamente fecundos, germinam novas e novas associações e trocas.









Não quero mais diferenciar a vida da arte. Somente ampliando minhas concepções e limites, somente o meu pensar livre e aberto podem favorecer a existência de uma manifestação artística localizada, recortada. Lente de aumento sobre uma faceta da realidade da experiência estética. O essencial, invisível, veste os olhos, a pele, os órgãos, os sentidos diversos.



junto ao texto, algumas fotos feitas no "clubinho" de ontem.
participaram eu, Dani, Júlio, Marco, Clarice, Camila e João.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Ambientes Virtuais e Campos de Imersão - EIA 2008



















Ambientes virtuais e campos de imersão

Amadeu Zoe e Márcio Black (barulho.org)
Diogo (Cooperativa Laudelina)
Lucas Bambozzi

mediação: Caio Fazolin

CCSP
Sala 0 - Piso Flávio de Carvalho
Rua Vergueiro, 1000
São Paulo

11 de setembro
quinta-feira
19 h


Será também uma boa oportunidade para apresentarmos a nova proposta
de trabalho do EIA para a semana de imersão desse ano e nos reencontramos.

DEBATES 2008

São encontros entre atores urbanos cujo objetivo é definir e ativar elementos chave para o JOGO, como: possíveis locais para casas do jogo, levantamento de mídias disponíveis para arquivar e divulgar pistas e aprofundamento de temáticas e discussões de inspiração para o desenvolvimento de um jogador urbano.

É um momento em que todos, debatedores e participantes, se reconhecem como jogadores e começam a desenhar juntos os campos de imersão. Cada debatedor apresenta suas realidades e pesquisas cotidianas na urbes e depois contribui com a criação da SEMANA DE IMERSÃO. O debatedor é um ator urbano que está envolvido com algum grupo ou comunidade urbana.


1º Debate 2008:


"Ambientes virtuais e Campos de imersão"

Objetivo: Integrar o tabuleiro cibernético aos corpos, às ruas, comunidades e cidadãos. Discutir como os ambientes virtuais podem contribuir no estabelecimento, expansão e fortalecimento das redes coletivas e como a ampliação do acesso à tecnologia e suas possibilidades são estratégicas na transformação das relações sociais.

Debatedores/ Atores Urbanos:

Diogo- integrante da Cooperativa Laudelina, desenvolve redes e sites em software livre.

Amadeu Zoe – (Barulho.org) Mestrando em Geografia Humana na USP com o tema "A implantação da Internet no Brasil, o conceito de rede e a geografia dos fluxos informacionais no século XXI", Amadeu é professor de "Criação de Mídias" no colégio Miguel de Cervantes. Também atua como produtor e editor da web rádio "DADA Rádio", apresentando o programa "Electrojazz" além de produtor dos eventos e festas de rua do coleteivo barulho.org, que tem como princípio a organização de apresentações visuais e sonoras como forma a reapropriar-se temporariamente do espaço público como lugar de encontro e troca.

Lucas Bambozzi- artista plástico e video maker

segunda-feira, 1 de setembro de 2008