terça-feira, 28 de outubro de 2008

Série Horizontalidade - Wagner Rossi Campos

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A Série Horizontalidade é desdobramento da Série Ponto de Equilíbrio. Nessas imagens - aqui apresento uma delas - meu corpo horizontal e em suspensão dialoga com a evidente verticalidade dos corpos sociais.

Vito Acconci - 1970



Three Relationship Studies - vídeo em super8

domingo, 26 de outubro de 2008

PAUSA

Sou um corpo repleto de contradições, embebido em infinitas citações, instruções, modos de uso, agenciamentos. Mesmo assim, sou ainda um feixe de luz que, em evidente descompasso, reflete sua intensidade e calor nos diversos contatos, efêmeros e fugazes, que insistentemente explodem diante de mim. Minha sombra, delimitando um volume denso e anteparo para outra luminosidade, impele o observador e qualquer ente sensível a dizer com certeza: A luz é externa! Quanta ignorância, já que para se concluir tal fato é necessária outra intensidade de luz capaz de se fartar de razão.

Similarmente, somos insistentemente bombardeados pelo domínio limitado da arte, como forma e produto, e inseridos em um mercado competitivo que orienta e define valores capazes de silenciar forças intensas, transformando certos padrões artísticos e estéticos em verdadeiros enunciados vanguardistas. Dessa condição, nada mais óbvio do que concluirmos também que, diante da arte instituída, nada resta a fazer, já que somos apenas uma sombra, um rastro perante sua magnitude.

Novamente, teimo em insistir na ausência de sensibilidade para o reconhecimento da força e intensidade do corpo, de suas errâncias, desejos, diferenças. Ao nos permitir o abalo pela eficácia do mercado da arte, aliado à complexa rede de comunicação midiática – fábrica glamurizada de prazer e desejo consumista – somos forçados a aceitar um espaço que nega a evidencia das nossas particularidades e capacidades criativas. Ondas e ondas de informação bombardeiam intensamente nossos sentidos e percepções, transformando a vitalidade da existência em um depósito de detritos aguardando solicitação de uso. Perdidos diante de um desejo de adequação, mesmo que aparentemente transgressor, o corpo – seu corpo/meu corpo/nosso corpo – sente-se desconectado daquilo que é essencial para o domínio de si. A arte, manifestação da existência e de sua vitalidade, que processual e experimental definem diferenças múltiplas, não condiz com a restrita capacidade de absorção do mercado.

Opto, nesse momento, por perceber a grandiosidade das idéias, experiências e sensibilidades de um número diverso de artistas e não artistas que, no fluxo caótico da existência, desejam intensamente dizer o que ainda deve ser dito. Dessas presenças, o que fica é a imensurável relação entre a vida do artista e sua obra, uma determinando a existência da outra, alimentando-a, transformando-a, intensificando o contato com o mundo e sua face trágica.


wagner rossi campos

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

imagens da instalação RE/AGente - mostra [ ]e tal...
































































sábado, 11 de outubro de 2008

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Projeto RE/AGente - depoimento 1

Durante a mostra [ ]E TAL... , apresentarei uma videoinstalação. No vídeo, em sequências alternadas, comento algumas especificidades do projeto RE/AGente. Chamo esses comentários de depoimentos 1,2,3.

Aqui o depoimento 1.


domingo, 5 de outubro de 2008

RE/AGente. Projeto para mostra de arte no Mamacadela.

Dia 11/10/08 é a abertura da mostra coletiva [ ] e tal... no espaço Mamacadela. O local é uma casa no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte.






Participo dessa mostra com o projeto RE/AGente.
O projeto teve inicio a partir de uma carta/convite que enviei aos artistas da mostra. Como é um projeto que privilegia o processo, o contato e a troca, dia a dia elaboro uma e outra questão que surge...

Apresento aqui a carta/convite que enviei aos artistas participantes.


Convido-o a participar da realização do meu trabalho que, em parte, é a apresentação do seu trabalho. Caso aceite, enviarei, via e-mail, a fotografia - fotoperformance - de uma ação realizada por mim para a câmera fotográfica. Nessa foto, meu corpo está nu e invertido sobre uma cadeira preta. Ao receber essa imagem, você deve criar ou se apropriar de algum objeto, desenho, pintura, texto verbal e tal... que, de alguma forma, crie uma relação de contato entre você e a imagem que recebeu.
O resultado dessa aproximação originará ações simbólicas e prováveis objetos.
Confirme sua participação respondendo esse e-mail. Em seguida, enviarei a imagem para sua apreciação.
As dimensões máximas para sua criação devem se restringir a 50x50x50cm.

Os trabalhos originados a partir daí, incluíndo o seu, é o que será exposto no espaço determinado para o meu trabalho.
A montagem dos trabalhos desenvolvidos é de minha responsabilidade, e sua participação será evidenciada no espaço da mostra com os dizeres:
nome do trabalho: RE/AGente / wagner rossi em colaboração com : nome dos participantes (o seu incluído.)

Durante a mostra, na abertura, uma pessoa se encarregará de distribuir, entre os visitantes, um impresso com a mesma imagem fotográfica recebida por você.
Essa proximidade do espectador com a "obra" impressa fortalecerá o vínculo entre a imagem que ofereço e o seu trabalho, exposto no espaço do meu trabalho.

Embaralhando os códigos e lugares definidores do que é meu e seu que o trabalho se abre para o outro.

Aguardo sua resposta, desejando uma feliz parceria entre nós.

sábado, 4 de outubro de 2008

ZIKZIRA - Projeto Solilóquios 2008- Eduardo Fukushima


O zikzira espaço ação apresenta a segunda etapa do projeto ‘Soliloquios’ 2008, com solo Brasileiro de Eduardo Fukushima.

Mediadora:
Helena Katz (jornalista, professora PUC/SP)
Um manifesto pessoal, um depoimento não verbal.
Uma urgência latente.
Escolhido dentre 305 candidatos de todo Brasil, Eduardo Fukushima apresenta seu trabalho solo.
“Antes dos gestos e movimentos, minha dança nasce de sensações cotidianas, de uma urgência e necessidade de comunicação. A questão neste trabalho surgiu a partir do próprio movimento, ele o principal condutor de uma razão para dançar. Estou interessado em questões do meu corpo neste momento, sua situação. Chego a um corpo em contenções, reflexo desse tempo e dessa sociedade e entre contenções criam-se inúmeras possibilidades.”
Eduardo Fukushima
Entrada franca
Censura livre
Os ingressos poderão ser retirados 1 hora antes do espetáculo no local.

Dias 04 e 05 de outubro. Local: Zikzira Physical Theatre
Rua Laplace 18a, Santa Lúcia, Belo Horizonte, MG, CEP 30130-005
31 32930833